A carga de impostos é uma preocupação comum para todos os tipos de empresas no Brasil, especialmente aquelas com alto volume de vendas. Por exemplo, você sabe como funciona a tributação para supermercados?
Se não sabe, precisa aprender. Afinal, entender o custo dos impostos é essencial para poder fazer o planejamento financeiro adequado para o sucesso do seu empreendimento.
Isso porque a falta de um bom planejamento financeiro é a causa principal para a falência de empresas no Brasil, de acordo com pesquisa do Sebrae.
Se você quer saber como funciona a tributação para supermercados, siga a leitura do artigo abaixo!

Como funciona a tributação para supermercados?
Um dos mais importantes aspectos a se ter em conta ao aprender como funciona a tributação para supermercados é entender que ela é dividida em 2 principais blocos:
- o regime tributário;
- os impostos pagos.
O regime tributário é uma espécie de categoria de tributação em que o seu supermercado se encaixa. Cada um dos regimes conta com condições específicas de impostos, incluindo alíquotas ou método de cálculo.
Já os impostos em si tendem a ser os mesmos para todos os supermercados, excetuando-se algumas questões em específico.
Quais os regimes tributários para supermercados?
Como dissemos, são 3 os regimes tributários disponíveis para mercados. Na verdade, existem mais regimes, só que eles não aceitam supermercados pelas suas próprias definições. Um exemplo é o MEI (Microempreendedor Individual) que só permite algumas atividades específicas, máximo de um funcionário e faturamento total de 81 mil reais por ano.
Confira abaixo os 3 regimes tributários disponíveis para o seu supermercado!
Simples Nacional
O Simples Nacional é o sistema tributário mais usado no Brasil por ser um dos mais fáceis de usar e com menores alíquotas. Ele é recomendado para empresas de pequeno porte, cujo faturamento esteja entre R$360.000,00 a R$4,8 milhões por ano ou para microempresas com faturamento menor do que R$360.000,00.
Por ter um sistema simplificado, o Simples Nacional junta todos os impostos em uma única guia, que é paga mensalmente pelas empresas. Por isso, é um excelente regime tributário para quem se encaixa nos requisitos e quer ter menos problemas burocráticos.
No entanto, como o faturamento anual máximo é de R$4,8 milhões não são todos os supermercados que podem optar pelo Simples Nacional.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é o sistema tributário mais comum entre supermercados. Sua ideia é que o cálculo de alguns tributos são feitos em cima de uma estimativa de faturamento anual, com base no tamanho da empresa e sua atividade econômica.
As alíquotas do Lucro Presumido são as seguintes:
- CSLL: 9% do lucro presumido;
- COFINS: 3%;
- PIS: 0,65%;
- IRPJ: 15% do lucro presumido + 10% sobre tudo que passar R$60.000,00 de faturamento trimestral.
Para poder ter o Lucro Presumido as empresas devem faturar, no máximo, R$78 milhões por ano.
Lucro Real
O Lucro Real é o terceiro sistema tributário para supermercados, sendo permitido para todas as empresas, inclusive aquelas que faturam mais de R$78 milhões. Uma das suas vantagens é que você só precisa pagar alguns dos impostos caso tenha lucro no ano, o que faz com que a carga tributária possa ser menor. Já outros tributos são pagos em cima do seu faturamento mensal.
Além disso, o Lucro Real tem uma complexidade bem maior, mas compensa por gerar alguns contextos em que a carga tributária é bem menor para a empresa. Vale lembrar também que empresas com incentivos fiscais federais são obrigadas a usar o Lucro Real.
Confira a seguir as alíquotas desse regime tributário:
- COFINS: 7,6% do faturamento mensal;
- CSLL: 9% do lucro;
- PIS: 1,65% do faturamento mensal;
- IRPJ: 15% do lucro mais 10% de tudo que ultrapassar R$20.000,00 por mês.

Como os impostos são calculados para supermercados?
Em alguns dos regimes tributários citados, o cálculo do imposto é unido em uma alíquota única. É o caso do Simples Nacional.
Já em outros, cada imposto tem a sua forma de ser calculado. No caso do Lucro Presumido, o cálculo do tributo é anual, tendo em conta uma previsão de lucro que a empresa terá no ano.
Por isso, o sistema pode ser vantajoso caso a empresa ultrapasse essa previsão de lucro pois ela pagaria menos impostos nesse caso.
No entanto, no caso do Lucro Real, o cálculo é preciso, o que faz com que seja melhor para a empresa que provavelmente terá um faturamento menor do que o presumido para o ano.
Além disso, ele ainda é vantajoso porque alguns tributos são pagos mensalmente, enquanto outros são anualmente. Isso vale tanto para os produtos vendidos fisicamente, quanto os vendidos por aplicativos, como é o caso do Rappi Supermercados e outros.
Agora você já sabe como funciona a tributação para supermercados e já pode fazer um planejamento financeiro melhor. Se precisar, não hesite em contar com um contador para ajudar nessa parte.

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